Estamos passando por um novo tempo, um novo rumo e com a poesia não poderia ser diferente. Desde do começo da humanidade que a poesia está presente em forma e conteúdo. Nos anos mais remotos a poesia, como toda e qualquer forma de arte, foi importante para um tempo, para um povo, para uma geração. Hoje o que vejo, no pequeno tempo em que estou na poesia, que uma nova mescla de declamadores estão chegando, trazendo vícios e preguiças, por que não dizer, sem dar a importância devida para a qualidade dos versos.
A preocupação, de certa forma, desvairadas de algumas pessoas em estar num palco ou num microfone fez com que, não fossem a fundo, buscar informações, conteúdo e uma expressão que é necessária para o bom andamento de uma declamação e para que o poema seja colocado de sua forma mais sensível, poético e pautando na verdade. As regras criadas para julgamento de um poema, no meu ponto de vista, fez com que o pema perdesse sua originalidade e se transformasse apenas num conteúdo de verbalização, sem vida, sem força e sem expressão.
Será que mudar as formas e regras seria a resolução? Acho que não. Acho que está faltando à essa nova geração de declamadores, mais empenho, estudo, leitura e conhecimento poético, que pode ser amenizado com contatos e informações que ao tempo pode-se aprender.
Não vou falar pelo Galpão, pois sou apenas um membro contribuinte, tão pouco como poeta, porque isso também não sou, mas como estudioso, observador e amante da poesia há muito tempo, que essa nova mescla de declamadores que vivem pelos palcos tenham a humildade de chegar àqueles que escrevem e conversem um pouco sobre poesia, sobre arte declamatória e sobre a colocação dos versos. Vejo gente "biltolada", tentando imitar declamadores premiados nos grandes concursos eu festivais de poesias e não é assim que acontece, cada um tem que buscar e tentar encontrar o seu potencial, a sua forma verbal e de expressão, para que os poemas possam serem ditos na mais completa verdade, sem exageros e sem teatralismo, mas com a vida necessária que a poesia exige e merece.
A todos que querem serem ajudados, o Galpão da Poesia Crioula abre as portas e coloca um manancial de poetas e declamadores a disposição, para que possam sempre fazerem da poesia uma forma de ver a vida com outros olhos.
Mas esse é meu modo de pensar.
Paulo Ricardo Costa
Membro do Galpão da Poesia Crioula
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