Juliano Moreno, Francisco Scaramussa e Moisés Menezes venceram o festival
Poetas, declamadores e amadrinhadores do Galpão da Poesia Crioula de Santa Maria, participaram no último final de semana da 3ª Tropeada do Poema Gauchesco, na cidade de Vacaria. Um exemplo, é o poeta Moisés Silveira de Menezes, o grande campeão do evento, na poesia "Os ventos do Caiboaté", interpretada por Francisco Scaramussa e amadrinhada por Juliano Moreno, recebeu o título de melhor poesia do Festival. Além do poema vencedor, Menezes ainda participou com o trabalho "Poema do amor singelo", também faz parte do CD do festival, na interpretação do declamador Romeu Webber e amadrinhamento de Henrique Arboitte Torrel de Bail.
Também de Santa Maria, Paulo Ricardo Costa, autor do poema "Com os olhos do Coração", foi interpretado por Fabrício Vargas e amadrinhado por Kayke Mello e Pedro Luís Lemos.
No próximo fim de semana o Galpão da Poesia estará representado no Bivaque da Poesia Gaúcha, o poeta Jeferson Valente tem dois trabalhos neste festival, "Causos" e "História em verso e reverso", interpretados por Fabio Malcorra e Priscila Campeol. Confira aqui os poemas selecionados para o Bivaque 2013
Acontece neste final de semana em Vacaria - RS, o III Encontro Cultural e Campeiro, o evento reúne diversos eventos, Rodeios e dois festivais: o 3º RODEIO DA CANÇÃO SERRANA e 3ª TROPEADA DO POEMA GAUCHESCO. Confira as concorrentes:
3º RODEIO DA CANÇÃO SERRANA Jurados: Edson Campagna, Arabí Rodrigues e Cristiano Quevedo 1 - A Sagração do Fandango (Vaneira) Letra: Mario Amaral Musica: Adelar Saraiva Cidade:Eldorado do Sul RS e Viamão RS
2 – Toada do Saber (Toada) Letra e Música: José Sebastião do Amaral Peruchin Cidade: Vacaria RS
3 – A vida pela sangria (Valsa) Letra: Clodoaldo Francisco Pereira Música: Ricardo Padilha de Oliveira Cidade: Rio do Sul RS e Lages SC
5 – Contraponteando Gaitaços (Vaneira) Letra:Pedro Junior da Fontoura Música: Uiliam Michelon e Michael Parizotto Cidade: Bento Gonçalves e Vacaria RS
6 – Romance que o tempo escreveu (Bugio) Letra e Música: Fabio Junior Soares de Oliveira Cidade: Caxias do Sul RS
7 – Trovas e coplas campeiras (Canção Tropeira) Letra: Pedro Junior da Fontoura e Joao Sampaio Música: Érlon Péricles Cidade: Bento Gonçalves e Porto Alegre RS
8- Nas asas da ilusão (Vaneira) Letra: Jaime Brum Carlos e Dalvan Medina Música: Raul Bitencourt Silva Cidade: Restinga Seca, São Gabriel e Vacaria RS
9 – Serrano das coxilhas (Vaneirão) Letra: Hermes Lopes Música: Érlon Péricles Cidade: Caxias do Sul e Porto Alegre RS
10- Noites gaúchas (Vaneira) Letra: Hermes Lopes Música: Daniel Barros Cidade: Caxias do Sul RS
11- Prosa de pai pra filho (Valsa) Letra: Sebastião Altair Alves Borges Música: Tobias Pires Cechinatto Cidade: Vacaria RS
12 – A barba do veio (Bugio) Letra: Jones Andrei Vieira e Sérgio Saretto Música: Jones Andrei Vieira Cidade: Lages SC
13 – Bugio da Coxilha Rica (Bugio) Letra: Jones Andrei Vieira e Osvaldo Athaíde Música: Jones Andrei Vieira Cidade: Lages SC
14 – Entrelaçado nas mãos (Valsa) Letra e Música: Rafael Ferreira (Trambeio) e Filipe Corso Cidade: Vacaria e Canoas RS 3ª TROPEADA DO POEMA GAUCHESCO Jurados: Arabí Rorigues, Léo Ribeiro de Souza e Wilson Araújo A ULTIMA CAMPERIADA Autor: Umberto Antônio Sussela Filho Intérprete: Amadrinhador:
Cidade: Vacaria RS
COM OS OLHOS DO CORAÇÃO Autor: Paulo Ricardo Costa Intérprete: Fabricio Vargas Amadrinhador: Kayke Mello e Pedro Luis Lemos Cidade: Santa Maria RS
DOS MEUS SENTIMENTOS QUANDO VOLTARES Autor: Adriano Viegas Medeiros Intérprete: Priscila Alves Colchete Amadrinhador: Jair Silveira Cidade: Lages SC
OFÍCIO DE PARTEIRA Autor: Joseti Gomes Intérprete: Rosana Araújo Amadrinhador: Marcus Morais Cidade: Gravataí RS
OS VENTOS DO CAIBOATÉ Autor: Moisés Silveira de Menezes Intérprete: Francisco Miguel Scaramussa Amadrinhador: Juliano Moreno Cidade: São Pedro do Sul RS
POEMA DO SINGELO AMOR Autor: Moisés Silveira de Menezes Intérprete: Romeu Weber Amadrinhador: Henrique Arboitte Torrel de Bail Cidade: São Pedro do Sul RS
QUANDO A TROPA PERDE UM CENTAURO Autor: Sebastião Teixeira Correa Intérprete: João Fontoura "Cabo João" Amadrinhador: Cidade: Caxias do Sul RS
QUANDO A TROPEADA SE ALONGA Autor: Sebastião Teixeira Correa Intérprete: Pedro Jr. da Fontoura Amadrinhador: Texo Cabral Cidade: Caxias do Sul RS
O XII Acampamento da Canção Nativa, acontece no sábado dia 02 de março, na cidade de Campo Bom. Joca Martins fará o show de intervalo antes das premiações e após a entrega dos prêmios o baile segue com o grupo Tchê Barbaridade. Em breve estaremos divulgando mais informações sobre a programação completa do evento.
Confira a ordem de apresentação das composições concorrentes:
1- Romance da “Saca-Tento” (Milonga) Letra: Claudio Silveira (Santana do Livramento) Música: Claudio Silveira (Santana do Livramento)
2- Sonho Pitanga (Milonga) Letra: Rafael Machado (Santo Antônio das Missões) Música: Roberto Borges (Pelotas)
12 -Eu Ouvi o Campo Chorar (Chamarra) Letra: Xirú Antunes (Pelotas) Música: Fábio Peralta (Bagé)
A comissão organizadora lembra aos músicos que o cumprimento dos horários de passagem de som estão previstos no regulamento e tem bonificação.
Horário da Passagem de Som
Romance da "Saca Tento" - 13h Sonho Pitanga - 13h25min Moldado - 13h50min Feito um Cavalo de Tiro -14h15min Chinoca - 14h40min Dona Lua e Senhor Sol - 15h05min Sete Velas - 15h30min Pedro santo e Santa Flor - 15h55min Vaqueano - 16h20min Redenção - 16h45min Recuerdo tropeiro - 17h10min Eu Ouvi o Campo Chorar - 17h35min Joca Martins - 18h Tchê Barbaridade - 18h45min Fim da passagem de som - 19h30min
Dúvidas e mais informações podem ser consultadas com Henrique através do fone (51) 91801939.
Confira, em ordem alfabética, a lista dos poemas classificados para a 3ª TROPEADA DO POEMA GAUCHESCO, que acontece no próximo domingo, 24 de fevereiro de 2013, em Vacaria-RS.
Alguns dos poemas relacionados ainda não foram divulgados os interpretes e amadrinhadores
POEMAS CLASSIFICADOS:
A ULTIMA CAMPERIADA
Autor: Umberto Antônio Sussela Filho
Intérprete:
Amadrinhador:
Cidade: Vacaria RS
COM OS OLHOS DO CORAÇÃO
Autor: Paulo Ricardo Costa
Intérprete: Fabricio Vargas
Amadrinhador: Kayke Mello e Pedro Luis Lemos
Cidade: Santa Maria RS
DOS MEUS SENTIMENTOS QUANDO VOLTARES
Autor: Adriano Viegas Medeiros
Intérprete: Priscila Alves Colchete
Amadrinhador: Jair Silveira
Cidade: Lages SC
OFÍCIO DE PARTEIRA
Autor: Joseti Gomes
Intérprete: Rosana Araújo
Amadrinhador: Marcus Morais
Cidade: Gravataí RS
OS VENTOS DO CAIBOATÉ
Autor: Moisés Silveira de Menezes
Intérprete: Francisco Miguel Scaramussa
Amadrinhador: Juliano Moreno
Cidade: São Pedro do Sul RS
POEMA DO SINGELO AMOR
Autor: Moisés Silveira de Menezes
Intérprete: Romeu Weber
Amadrinhador: Henrique Arboitte Torrel de Bail
Cidade: São Pedro do Sul RS
QUANDO A TROPA PERDE UM CENTAURO
Autor: Sebastião Teixeira Correa
Intérprete: João Fontoura "Cabo João"
Amadrinhador:
Cidade: Caxias do Sul RS
QUANDO A TROPEADA SE ALONGA
Autor: Sebastião Teixeira Correa
Intérprete: Pedro Jr. da Fontoura
Amadrinhador: Texo Cabral
Cidade: Caxias do Sul RS
Uma ideia para homenagear e transformar o momento triste da Tragédia em Santa Maria em esperança, fé e superação, circula nas redes sociais nesta segunda-feira, dia 04 de fevereiro. O poeta e compositor Paulo Ricardo Costa, integrante do Galpão da Poesia postou em seu facebook: "Gostaria de convidar a todos os POETAS meus irmãos de arte e verso, bem como os DECLAMADORES desse Rio Grande para fazermos um CD com poemas dessa noite triste e buscarmos patrocínio de alguma empresa e fazer a renda desse CD reverter para as pessoas que estão passando por dificuldades.(...)"
De pronto, poetas e declamadores gaúchos já aderiram a ideia. O projeto deve consistir em um CD que deve homenagear as vítimas, porém sem tristezas e melancolias.
A tragédia até o momento vitimou 237 jovens que estavam na boate Kiss que pegou fogo no domingo, dia 27 de janeiro de 2013, mais de 100 ainda estão hospitalizados.
Segundo Paulo Ricardo Costa, a proposta pode se transformar em um Recital: E quem sabe, futuramente um recital com esses poemas no Theatro 13 de Maio. CONFIRA AQUI, ALGUMAS DAS HOMENAGENS JÁ FEITAS.
Veja que manifestaram alguns poetas e declamadores gaúchos sobre a proposta:
A tragédia da boate kiss vitimou até agora 237 jovens, destes 110 eram alunos da Universidade Federal de Santa Maria. O acontecido deixou de luto todo o Brasil e o mundo inteiro abalado com o acontecimento. Não poderia ser diferente, muitas são as homenagens aos mortos e feridos. Um memorial será construído no local que está totalmente tomado de homenagens dos parentes e amigos das vitimas. Santa Maria e o Brasil, foram exemplo de solidariedade e comoção. "Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra".
Confira as homenagens recebidas de artistas nacionais e dos poetas gaúchos, Pedro Junior da Fontoura, Gujo Teixeira, Henrique Fernandes, Kayke Mello, Fabricio Vargas, Paulo Ricardo Costa
HOMENAGEM DE ARTISTAS NACIONAIS, EXIBIDO NO FANTÁSTICO (03/02/13):
PEDRO JUNIOR DA FONTOURA:
KISS – O BEIJO DA MORTE
A morte veio raivosa,
Disposta a fazer estragos.
(Não quis nem saber de prosa,
Nem trago ou mate largo)
Veio com sangue nos olhos
Coração estraçalhado.
Veio ceifando parelho
Levando tudo por diante.
De ninguém ouviu conselho,
Chegou cruel e ofegante;
Se disfarçou de ternura
Beijou a Boca da Monte.
E foi de tirar o fôlego,
Se apropriou do próprio ar.
Com faíscas de tristeza
queria tudo incendiar,
Em cada beijo que dava
Tinha instintos de matar.
Ela veio misteriosa.
Disfarçou, pra ser bem-vinda.
Usou batom cor-de-rosa
Num jeito meigo e querida,
Mas num golpe traiçoeiro
Foi eliminando a vida.
Espalhou tristeza e dor
Foi grande a devastação,
E titubeou do amor
silenciando o coração,
Numa tragédia medonha
Algo sem explicação.
Que noite triste sem fim
Anunciava o vento norte.
Toda cidade chorava
Abandonada da sorte,
Sentindo o gosto de fel
Da própria boca da morte.
Meu Deus! Como explicar?
Não vou entender jamais...
Quantos projetos sem fim?
Sonhos deixados pra traz...
Silêncio vestindo luto
E a morte rindo no más.
Deus nos dê força e luz
Coragem pro coração.
Alento aos familiares
Peço de joelhos no chão,
Conforta os desamparados
Ouça pai, esta oração.
Eu sei que a morte é cruel
Mas nesta, passou da conta;
Cobrou caro, judiou muito,
Foi alto o preço da conta.
Não sei te explicar direito
Minha alma’ ainda está tonta.
Há uma lágrima guardada,
Um tênis, boné, um terno...
Uma guitarra calada,
Folhas brancas no caderno,
Uma bolsa esquecida,
Alma vestida de inverno.
II
São onze e onze
A passarada canta
O sol ilumina
A poeira levanta
Borboleta voa
Grilo abra a garganta.
Há tristeza no peito
O coração ta batendo
O rio segue seu leito
Há crianças nascendo
E a vida pedindo cancha
E um poema se escrevendo.
Um pai enterrando o filho,
Uma mãe passando mal;
Duas alianças de ouro
Numa história sem final
E a morte dando risada
Achando tudo normal.
Lá vão cruzando os cortejos...
Parece que não tem fim.
Quantos lenços abanando...
Quanta dor que há em mim.
A morte beijou o monte
Disfarçada de alecrim.
Minha lágrima é a de todos,
Bem igual ao meu abraço.
Qual a lição deste dia?
Interrogação que me faço.
A morte bruta e maleva
Desta vez cerrou o laço.
GUJO TEIXEIRA
A DOR DE MUITOS É NOSSA
A DOR DE MUITOS É NOSSA
PELO PESAR QUE ME TOCA
DE CORAÇÃO APERTADO
COM A ALMA MEIO AOS PEDAÇOS
NA BOCA UM GOSTO DE SAL
SEM SABER DIZER ADEUS !
A DOR DE MUITOS É TANTA
QUE NÓS SENTIMOS TAMBÉM...
SILENCIOSA, DEMORADA
SEM PRECISAR DIZER NADA
SABEMOS DE ONDE ELA VEM...
VEM DA CERTEZA HUMANA
DAS INCERTEZAS DA VIDA
DO DESCASO DAS PESSOAS
DOS ACASOS QUE O DESTINO
INSISTE EM NOS ENTREGAR.
A DOR DE MUITOS É NOSSA
QUE NOS FEZ TAMBÉM CHORAR
PELAS MÃES, PELOS AMIGOS
POR TANTOS SONHOS PERDIDOS
QUE NINGUÉM MAIS VAI SONHAR...
A DOR DE MUITOS É NOSSA
NEM QUE A GENTE NÃO QUEIRA.
NOS DEIXA O LONGE TÃO PERTO
NOS APROXIMA AO INCERTO
ONDE A VIDA É DERRADEIRA.
PALAVRAS, QUASE NÃO CABEM
DENTRO DA DOR QUE SENTIMOS
FICAMOS DE OLHOS TRISTES
SABENDO QUE A DOR EXISTE
DISTANTE, E PERTO DE NÓS...
UMA ORAÇÃO PELA VIDA...
AOS QUE FICARAM PRA VER
NUNCA MAIS ACONTECER
TAMANHA DOR NAS PESSOAS
E ESTA DOR, EM QUEM SE DOA
VAI CUSTAR A NÃO DOER...
DIVIDIMOS ALEGRIAS
POR MUITAS COISAS COM TANTOS,
REZAMOS PROS MESMOS SANTOS
NO FINAL, SOMOS AMÉM !!!
TEMOS CORAÇÃO E ALMA
AMAMOS QUEM NOS QUER BEM.
A DOR DE MUITOS É TANTA
É TUA, E NOSSA TAMBÉM.
PAULO RICARDO COSTA:
Partiu!
Partiu!
Meu coração se partiu,
Outros corações se partiram,
O Rio Grande chora...
O Coração do Rio Grande chora,
A vida para... os olhares param,
Não há sorriso, não há luz!
Quem viu, jamais esquecerá;
Quem não viu, imagina!
A noite escureceu... a lua não veio,
as estrelas ofuscaram-se;
Vieram murmúrios, gritos,
Depois o silêncio e a dor;
A gente tenta entender a vida,
Mas quando os sonhos se partem,
Não há vida... não há esperança,
Ficam perguntas sem respostas,
e desculpas sem sentido;
Minha Santa não será mais a mesma!
Haverá sempre um olhar de tristeza,
um sorriso desbotado, uma dor escondida;
Talvez o tempo, quem sabe, só o tempo,
Senhor de todas as verdade...
Dono de todas as lembranças...
Ideal para todas as angústias...
Só o tempo poderá dizer o que ainda não ouvi;
A certeza é incerta...
Os pensamentos são vagos...
A esperança calça esporas...
E a vida perde o sentido!
Muitos Partiram!
Muitos ficaram!
E o que será o amanhã?
Talvez seja apenas mais um dia,
de clamor, de oração, de incertezas;
Enquanto os ratos se desviam pelos
tuneis fétidos do poder...
Enquanto as leis libertam monstros,
das clausuras da ganância;
Enquanto rostos maquiados desfilam
nas lentes da fama,
Os olhos pairam diante a justiça...
Bocas clamam, lágrimas rolam...
Mãe enterram filhos...
Sem saber o porquê!
Meu coração Chora!
Porque chorar vale a pena,
Porque lágrimas são remédios,
Porque amor não tem sexo,
não tem raça, não tem tempo,
não tem distância:
A dor é de todos que são verdadeiros,
que são humanos, que são reais...
E não vivem nas sombras imundas,
que separam os sonhos, do poder!
Talvez nunca, ninguém entenderá,
Talvez nem o tempo entenda...
Que a justiça é injusta...
Que o poder manda...
Que o dinheiro corrompe...
E que a vida vale muito pouco,
para muita gente.
Partiu!
Meu coração partiu!
Outros corações partiram!
Porque antes de querer tudo,
quero apenas ouvir o meu coração,
Porque só me basta ele para viver,
para sonhar e para se feliz!
Simplesmente, Feliz!
HENRIQUE FERNANDES:
Santa Maria mãe de Jesus!
Minha prece inicia de olhos fechados
E dedos cruzados com o terço na mão...
Me ponho em silêncio falando calado
na busca de um Deus que insisto clamar.
E peço somente... e clamo e indago
e busco saída que custo encontrar
A prece consola, amansa, alivia
Em prece a poesia de paz e amor.
Enxugo a lagrima num canto de adeus
E entôo aos meus meu grito de dor.
Procuro respostas sem nada encontrar...
Indago a inocência de quem deu a vida
Salvando outras vidas sem a própria salvar.
Maria de Deus, Maria dos homens.
Por Santa teu nome me quedo implorar.
-abriga teus filhos no teu manto santo
calando meu pranto que insiste chorar.
Em cinzas voltamos ser pó novamente
...a cinza das brasas da chama mais quente...
Só assim percebemos o que somos em verdade!
Sucumbo o silêncio na dor da saudade...
... e amargo a tristeza nas lágrimas de um pai
que chora a partida de um filho que vai.
E a mãe sem consolo suplica pra DEUS...
-devolva meu filho, o filho que é meu-
O fogo na carne...
...nos ossos,
na alma...
O ar que era puro, tão doce e tão leve...
Adentra as narinas queimando a mucosa
na densa fumaça que em hora padece.
E o porquê disso tudo não cabe resposta,
A vida é uma aposta num jogo de sorte.
Nascemos com a morte (de feto a criança).
E desde a infância se busca aprender
Que o dom de viver esta na esperança.
Uma legião de obreiros os aguardam no portal,
Desta passagem carnal de espíritos verdadeiros...
Este plano é passageiro e o acaso não existe.
A vida segue e consiste noutra forma de viver
Se morre pra renascer, pois o espírito é que persiste.
Enquanto gastam o tempo
Tentando achar o culpado...
O fogo já foi apagado
Pelas lagrimas de lamento...
Fica a dor e o sentimento
Em fagulhas de saudade
Que agora na eternidade
Reluz com outra magia.
Teus braços MARIA
Ternura e bondade.
FABRICIO VARGAS E PAULO RICARDO COSTA:
AOS OLHOS DE QUEM FICOU
Meus olhos marejam silêncios na manhã tristonha,
As rosas murcharam e o campo chorou verdades...
A esperança se perdeu pelas estradas escuras
Que a morte escolheu para enfrenar saudades
Fica um redomão solto à espera de um ginete,
Um basto adormece triste na ausência do dono,
O galpão silencia sem versos pra declamar...
A estrada ficou longa, num completo abandono.
Aos olhos de quem ficou, a saudade calça espora,
Recuerdos das noites junto ao fogo de chão
Nas cantorias perdidas nos confins da memória
Chora triste uma viola no pontear de um coração.
Secaram as rosas do campo e outra rosa se partiu
Enquanto a noite sumiu na loucura da ganância
Um Pai chimarreia só, a mãe perdeu o chão...
E uma prenda deste rincão perdeu-se pela distância.
Não há respostas diante aos olhos de Deus!
Quem sabe dos seus, como o pai sabe de um filho,
Não escolhe o destino pra quem anda neste chão
Nem há paz no coração quando a vida perde o brilho;
Aos olhos de quem ficou, tem rios lagrimejantes,
Um vazio de estrada longa no lamento de uma dor,
O sul do mundo chora quieto no silêncio de cada um,
O céu bordou-se de estrelas e os anjos cantam louvor!
KAYKE MELLO:
Minuto de Silêncio
Um minuto de silêncio a todos que foram embora,
pois hoje minh’alma chora em respeito a quem partiu.
Coração parece um rio que desagua mar a fora,
buscando um consolo agora pra afogar este vazio.
Mil minutos de silêncio a cada ermão que caiu,
pois nada enternece o frio no peito de quem ficou.
Sei de muita mãe que orou, onde a fé sobressaiu.
Mas o tempo obstruiu e a rosa petrificou.
Temos d’erguer a cabeça para seguirmos em frente
E caridosamente abraçar os meus, e os teus,
Dos ateus a fariseus, do coração até a mente
Deixo em versos tristemente o meu simplório adeus.
Premiados no 5º Canto do Jacaquá / Foto: Paulo Ricardo Costa
Aconteceu no último final de semana, na praia do Jacaquá, em São Francisco de Assis, o 5º canto do Jacaquá, um festival fechado mas com grande participação da comunidade. Belos momentos vividos por integrantes do Galpão a Poesia Crioula e amantes da nossa música e poesia de todo o estado. Nos sentimos gratos pela participação em meio aos amigos. Vida longa ao Canto do Jacaquá, que nunca falte apoio a este grande evento.Parabéns aos dois pilares deste evento: Eri Côrtes e Paulo Ricardo Costa, além de todos que se envolveram para a grandeza do evento. Parabéns pela iniciativa! Infelizmente o evento acordou triste pela tragédia de nossos irmãos no domingo. Confira os resultados: POESIA: 3º Lugar: Os Passos da Vida - Kayke Mello 2º Lugar: A Rosa e o Espinho - Fabrício Vargas 1º Lugar: Companheira Solidão! - Pedro Júnior da Fontoura
MÚSICA TEMA LIVRE: 3º Lugar: Trago Uma Tropa em Mim Letra: Claudemir Bastos Música: Jaime Ribeiro Interprete: Daivesson Risso 2º Lugar: Auroras de Matear Solito Letra/Música/Interprete: Jair Aguiar 1º Lugar: Madrugueiro Letra: Juliano Santos Música: Kayke Mello Interprete: Kayke Mello
MÚSICA MAIS POPULAR: Eu e o Rio, um papo cabeça! Letra e Música: Marcelo Cururu Interprete: Carlos Mariano, Marcelo Cururu e grupo "Os Borrachos"
TROFÉU BERNO: Ticaio - São Vicente do Sul
TROFÉU CHAIRA: Nito - São Pedro do Sul
MÚSICAS DO TEMA: 3º Lugar: O Rio dos Meus Olhos Letra: Juliano Santos Música: Kayke Mello Interprete: Kayke Mello e Juliano Santos 2º Lugar: Psiu! Não Fale nada meu rio Letra/Música/Intérpretes: Fabrício Vargas, Pedro Júnior da Fontoura e Kayke Mello 1º Lugar: Limites Letra: Maxsoel Bastos de Freitas Música: Jaime Ribeiro Interprete: Jaime Ribeiro e Grupo Confira um pouco do que foi o evento: