HISTÓRIA

Tudo começou quando, atendendo ao chamado de Chico Scaramussa, um grupo de pessoas começou a discutir uma forma de valorizar a poesia crioula do Rio Grande do Sul.
Não sabíamos bem o que queríamos e nem onde iríamos chegar, mas de uma coisa tínhamos certeza: a poesia seria o instrumento que reuniria as almas afins, num mundo que poderia ser bem melhor, guiado pelos versos recheados de sentimentos bons, oriundos das mentes privilegiadas dos nossos poetas e espalhados pelas vozes puras, sinceras e talentosas dos nossos declamadores.

Em 19 de setembro de 1993, na sede do CTG Sentinela da Querência, em Santa Maria-RS, foi fundado o Galpão da Poesia Crioula, apoiado por declamadores, poetas, simpatizantes da poesia e outros tradicionalistas apoiadores da idéia. Foi eleita uma diretoria provisória, tendo ficado na presidência o declamador e poeta Francisco Miguel Scaramussa.

O objetivo principal era bem claro: congregar, prestigiar, promover e amparar por todos os meios ao seu alcance os poetas, declamadores e demais simpatizantes da Poesia Crioula do Rio Grande do Sul. E assim continuou sendo...

1996, um pouco enfraquecido em seus objetivos, foi feito um novo chamado. Desta vez através de José Vasseur, Ari Pinheiro, Sergio Guedes, Ladmir Candaten, Carlinhos Lima, junto ao pioneiro Chico Scaramussa, entre outros. A assembleia foi realizada no CPF Piá do Sul e José Figueiredo Vasseur assumiu a presidência. Sucedeu-se novo período de grandes realizações, entre elas o lançamento da 1ª Antologia Poética e o estabelecimento da sede junto à sede da 13ª RT.

Em 1998 Francisco Scaramussa retornou à presidência, dando continuidade aos trabalhos, que se consolidavam cada vez mais. Juntamente com o vice-presidente Carlinhos Lima e o vice-presidente administrativo Ari Pinheiro, formalizaram o Galpão da Poesia Crioula, registrando o estatuto e inscrevendo no CNPJ. Um grande avanço!

Em 1999 a presidência coube a João Carlos Cardoso de Lima (Carlinhos Lima), que, dando continuidade às iniciativas dos antecessores, cuidou de dar maior divulgação às ações do “Galpão”, tornando-o conhecido em todo o estado, tendo alcançado visibilidade em vários estados do Brasil. Realizou diversas oficinas de declamação, em vários estados, e liderou a elaboração do polígrafo “Oficina de Arte Declamatória”, que se tornou referência para os declamadores tradicionalistas de todo o Brasil. O “Galpão” foi convidado a sugerir nomes para compor a comissão avaliadora do Enart e a enviar avaliadores para os eventos da CBTG em outros estados brasileiros.

Em 2002 e 2003 o presidente foi Ubirajara Anchieta Rodrigues, sucedido em 2004 e 2005 por Nadir Dallacosta, que deram continuidade às ações do “Galpão”, obtendo reconhecimento de suas atividades. Neste período foi elaborada a 2ª Antologia Poética.

Em 2006 Carlinhos Lima retornou à presidência, sucedido por Francisco Scaramussa em 2009. Neste período o “Galpão” ocupou-se principalmente das oficinas de arte declamatória e das atividades externas, principalmente em outros estados, esvaziando um pouco a participação, principalmente, dos poetas locais, que se ressentiam de projetos mais expressivos.

Em 2010 Fabrício Vargas aceitou o desafio de presidir o “Galpão”, auxiliado por Dulce Lima, Paulo Ricardo Costa, Carlinhos Lima, Chico Scaramussa, Carlos Omar Villela Gomes, Moisés Menezes, Juliano Costa, Nairo Coutinho, Bianca Bergmam, Gisele Gai, Alex Brondani, Lourdes Dallacosta, Thenais Quinhones, Miguel Brasil, Jorge Silveira, Osvaldo Caetano,  entre tantos outros. Era o que estava faltando: trazer de volta personalidades expressivas da nossa poesia e dar continuidade aos antigos objetivos com “sangue novo”. Surgiu a Maratona da Poesia Crioula, os recitais, a participação na Sesmaria e diversos outros festivais... e o grande sonho: o primeiro DVD. 

Juliano Costa dos Santos assumiu a presidência em 2012, com grandes projetos. O “Galpão” está organizando a 3ª Antologia Poética, a 2ª Maratona da Poesia Crioula e a gravação do 2º DVD, que já tem data marcada: 16 de fevereiro de 2013.


Fonte:  João Carlos Cardoso de Lima (Carlinhos Lima)